sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Minhas Memórias ...

   Era um sábado à tarde e a emoção corria nas veias . Era a final do 1º turno do Catarinense de 2011 e Joinville E.C e Avaí travariam essa batalha. O Joinville estava com uma campanha espetacular e decidido a ganhar o título, já o Avaí tinha feito partidas regulares,  mas nada com tanto brilho. O jogo era às 16 horas, na Arena Joinville. Fui lá assistir esse jogão.
   As  arquibancadas estavam lotadas de torcedores fanáticos, e o " Caldeirão " ferveu literalmente mesmo. O espaço reservado para a equipe avaiana estava completamente cheio, e 15 mil jequeanos do lado da equipe da casa. O jogo começou sendo pressionado pelo time da Capital, com um time muito superior ao do Joinville, mas nós tínhamos muito foco, força e fé ! O clássico estava quente, aos 40 minutos do 1º  tempo, o jogador do Avaí mandou um belo chute da boca da área, sem chances para o goleiro. Por um instante, a Arena ficou calada, pensando no pior e até lamentando a derrota.
   O jogo foi pro intervalo com o placar de Avaí 1 x 0 Jec . Fui ao banheiro, comprei uma Coca-Cola e um espetinho, pra tentar aliviar meu nervosismo. Começou o 2º tempo, e desde o 1º minuto o Joinville começou a pressionar. Lima, Ricardinho e Cris desperdiçaram grandes chances do Tricolor, mas parecia que tinha " um sapo de boca aberta enterrado naquele gol " . Cada minuto que passava, era uma lágrima de nervosismo sendo derramada. Se passaram 15, 30 e 40 minutos e a bola não entrava.
  Então, de repente, aos 49 do 2º tempo, o zagueiro do Joinville cruzou a bola na área, a bola chegou no Limatador e ele dominou no peito. Na hora do chute foi travado e o zagueiro do Avaí tentou afastar de qualquer jeito a bola da área. Mas eis que a bola vai fraca e sobra um pouco depois da linha da área, e Ricardinho, de primeira, descontando todo o seu nervosismo, luta e cansaço, mandou uma bomba para o gol de Zé Carlos ( goleiro avaiano ). A bola passou do lado esquerdo do goleiro e ouve uma explosão na Arena. Por um momento, aquela mágoa e sofrimento sentidos naqueles 45 minutos foram esquecidos e a torcida delirou naquele gol. Era a alegria que faltava para completar aquele dia dos torcedores jequeanos. Depois do gol, o juiz encerrou a partida e a festa estava feita. Torcedores nas ruas e prédios demonstravam o seu amor pelo Tricolor Catarinense com bandeira, camisas, flâmulas e outros objetos do clube. Carlinhos, volante do Joinville, foi quem levantou a taça do Turno do Campeonato Catarinense 2010. De muitos jogos que fui na Arena, esse foi o que mais me marcou pelo nervosismo e a explosão de alegria no fim do jogo, sendo pra mim, o meu melhor jogo da história.

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